Deslizes

Pelos rios dos teus cabelos
navego feito os gestos das cortinas
sob as mãos do vento,
início do nunca
Meu corpo, nau sem porto
Meu seio, vela aos vendavais
dos seus dedos
Somos um mundo de certezas povoando
um povoado de afagos,
uma luz como aquelas das tochas intermitentes
das antigas capitais medievais,
corredores de pedras,
castelos de volúpia se erigindo como se a instalar o nome
de uma nova terra
no brasão da noite
Renasceremos em breve todos os dias em que acordarmos
dos sonhos
no olhar um
do outro.

*Foto: Julien Laurent.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *