Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Ansiedade é o nome do monstro debaixo da minha cama.

Acordo no meio da noite. É ele. O monstro. Gritando por dentro. Socorro, eu penso. Mas calo. Não quero acordar a casa. Não quero que ele me ache ainda mais. Quero me esconder. Mas ele está muito próximo. Tão perto. É meu íntimo. É quase um monstro-afeto. Ele mora debaixo da minha cama. Mentira. Ele …

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Não é porque chegou ao fim que não faz mais parte de mim

Temos a ilusão de achar que tudo o que termina, chega ao fim. Mentira. O que termina vive, muito mais dentro de mim. Pode ser pessoa, amor, amigo, trabalho, coisa, casa, cidade, não importa. O que foi, fica. Lá dentro. A vida é um labirinto de experiências que se tingem em nós, que nos impregnam. …

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