Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the astra-sites domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/qjvbsec/www.domingasalvim.com/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the woocommerce domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/qjvbsec/www.domingasalvim.com/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio astra foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/qjvbsec/www.domingasalvim.com/wp-includes/functions.php on line 6114
A solidão chegou – Domingas Alvim

A solidão chegou

A solidão chegou. Inverno invadindo primavera. Folhas no chão. Ar de chuva. Silêncio. Cinzidão. A solidão chegou. Seca adentrando rio. Barcos encalhados. Peixes afogados em ar. Esperança arrancada feito raízes do estio. A solidão chegou. Não sei de onde, como. Chegou assim. Como os dias do espanto. Como as dores de um pranto. Feito uma falta de luz no meio da noite de festa. A solidão chegou. Não sabia. Lidar com o escuro é quase um absurdo. Sentei. Silenciei. Esperei. Me vi envolta nela. Feito um feto esperando conhecer o mundo. A crescer dentro da redoma de vida que é toda mãe. A solidão chegou. Não briguei mais. Deixei-a estar. Ela também tem seus momentos. Ela também é um gesto de sentimento. Vem, querida. Se apazigue. Me conte de seus lamentos. Revele-me as angústias de seus tormentos. A solidão se debruçou sobre mim. Chorava, parecia criança desamparada. Varamos a noite conversando. Papo sério. Pesado, daqueles cheios de profundidades e abismos. Caímos juntas. Mãos dadas. Abraços pra lá, beijos pra cá. Sorrimos. Me vi nos olhos dela feito a chama de uma vela. Mal nos amamos, a luz voltou. Procurei por ela. Os quartos, a sala, a cama, tudo vazio? Que nada. Solidão eu agora me chamava ao me descobrir, por mim, muito bem acompanhada… Porque nem toda solidão é perda. Na maioria das vezes, solidão é o nome dos passos a nos construírem uma sólida estrada. Porque nem toda solidão é perda. Na maioria das vezes, solidão é o momento da vida em que nos permitimos, por nós mesmos, o encontro de uma nova entrada.

 

Crédito da foto: Louis Blythe.

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