Eu velejo
com as velas içadas na brisa,
seus sonhos
Eu velejo
pelo mar das ondas curvilíneas,
seu corpo
Eu velejo
contra a arrebentação que quebra,
juntas da sua pele
Eu velejo
pelos estreitos dos seus sorrisos,
asas das minhas palavras
Eu velejo
até ancorar no seu fundo
mergulhar de cabeça nas areias do seu espírito
e com os braços enroscados no seu ventre,
sem fôlego, eu afundo
como nenhum submarino afundaria
nos oceanos da abissal magia
dos seus gestos.
Foto: Tim Marshall