Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the astra-sites domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/qjvbsec/www.domingasalvim.com/wp-includes/functions.php on line 6114
Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the woocommerce domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/qjvbsec/www.domingasalvim.com/wp-includes/functions.php on line 6114
Notice: A função _load_textdomain_just_in_time foi chamada incorretamente. O carregamento da tradução para o domínio astra foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home/qjvbsec/www.domingasalvim.com/wp-includes/functions.php on line 6114 Pelo olhar do ganhar – Domingas Alvim
Antigamente, quando eu acariciava a barriga do meu cão, eu sentia a vida na minha mão e achava aquilo tão mágico, que logo me abatida uma profunda tristeza. Um sentimento de pena por aquele ser que estava vivo nessa vida tão sofrida e que mesmo assim sorria com o rabo abanando, dissabendo que tão logo não seria mais vida. E eu sentia uma pena profunda por mim, que estava na mesma condição do cão, somada a uma consciência de que era uma vida preste a se ser mais não. E eu chorava, com o sofrimento dos que olham o mundo pelo olhar da perda. Mas hoje, quando eu acaricio a barriga quentinha do meu cão e sinto ali o calor da vida, eu experimento o milagre e sua maravilha. E do mesmo jeito eu choro. Mas não mais por piedade ou sofrimento ou angústia. Hoje eu choro por não conseguir suportar em mim, sozinha, o tamanho de um milagre vivo. Choro pela imensidão da beleza que me invade e me transborda. Choro por não dar conta de suportar em mim o encantamento da contração de um pulso. E mesmo sabendo que aquela vida – e tão logo a minha – não nos será mais, eu não sofro ou me amedronto. Eu só me espanto. Por ter passado tanto tempo sem esse encanto conseguir vislumbrar. Hoje, se eu busco a vida, é no lugar da vida. No lugar em que ela não é lacuna. Mas uma cheia. De algo que, mesmo que se perca, se perder nunca irá. Pois a vida vive e sempre viverá. Em mim, em qualquer pessoa, bicho, planta, geografia ou lugar.