Quando abri os olhos pela primeira vez
Quando abri os olhos pela primeira vez vi. Vi o que todo olho vê e não vê. Vi as formas
Quando abri os olhos pela primeira vez vi. Vi o que todo olho vê e não vê. Vi as formas
Procura-se: um jornal que não fale de violência; um político que seja ético: um reality
“Não dá”, é o que não dá pra ouvir. Não acredito nessas assombrações que se transvestem em frases. Coisa de gente sem fé que adormece
Eu te amo, eu te odeio, eu te quero, me deixe! Tudo numa frase só, enclausurado nessa garrafa térmica de pele que segura o que
Ai, esses dias de tédio. O que seria de mim sem eles? Não sei. Sei que eles me caem de vez
De todas as minhas crenças você é a mais sólida. Até quando me xinga, me ama. E faz
Gostaria de uma nova língua. Uma que não fosse tão gasta. Uma da qual as palavras saíssem limpas; que fosse tão nova que viesse quase
Sempre me tracei planos que não me eram genuínos. Eram sonhos inventados pr’eu poder me esborrachar com a certeza de que, se não dessem certo,
Meu desejo é raio íntimo, convulso. Faz meu querer me rasgar a roupa e subir nua à cobertura pra passear aos olhares e ao sol.