A versão do amor
A versão do amor que eu conheço é bem-humorada A versão do amor que você conhece é mal-amorada A versão do amor que te versa versa no verso da minha aversão. *Crédito da foto: Dawid Zawiła
A versão do amor que eu conheço é bem-humorada A versão do amor que você conhece é mal-amorada A versão do amor que te versa versa no verso da minha aversão. *Crédito da foto: Dawid Zawiła
Eu poderia ter uma vida que não quero Uma vida de quases, muitos quases Que não desejo Porque eu poderia ter uma vida de muitos futuros irrealizados De muitos eu quero poder ter Mas prefiro ter uma vida de muitos fiz, fui, tive Quero sou, sou, ser Eu poderia ter uma vida que não quero …
Meu mar está agitado. Sinto as ondas dentro de mim a quebrar. Um ritmo de caos bate em meu peito. Sou um mar ofegante de ondas gigantes que se dobram e se desdobram sobre si mesmas. Um mar de tormenta. Paro. Respiro. Redimensiono. Voo para longe de mim para me observar. Do alto. Sou uma …
Eu preciso. Preciso aceitar que eu não tenho o controle de nada. Que as respostas da vida não se encerram em minhas perguntas. Que eu posso agir até o infinito e ainda assim minha insatisfação não terá fim. Eu preciso aceitar que o sofrimento existe e que eu não posso saná-lo por completo, apenas amenizá-lo …
Você é formada em comunicação e em direito. Como você decidiu ser escritora? Quando você começou a escrever? Na verdade, sou formada em Comunicação e Letras. Fiz pós em Processos Criativos e mestrado em Teoria da Literatura. Direito eu cursei até o último ano, mas optei por não terminar. Na época eu já sabia que …
Entrevista que dei para o Jornal ‘O Tempo’, de Belo Horizonte, MG. Leia mais »
Planto meus pés na terra. Essa terra ancestral que habitou os pés de todos os meus ancestrais. Todos aqueles que vieram antes de mim nela pisaram, por ela passaram, fizeram caminhos, descaminhos, destinos, nortes, noroestes. Foi essa terra, por onde caminho, a mesma a se tornar a colcha a cobrir a vida e a morte …
Você é uma sensação boa que me emociona Emoção sem pergunta Razão da resposta Coração de quem se embrulha e se embaraça Porque me olha nos olhos e me vê Você é a dança do silêncio pela sala do abraço É o laço, o passo, o pedaço da flor criada no amor Pólen do bem …
Um espaço. Um espacinho. No metrô, no ônibus, um espaço, um espacinho, por favor. Uma vaga, uma vaguinha. Quinta vez rodando a mesma praça. Uma vaga, Senhor, por favor. Uma mesa. Para dois? Não tem. Pra quatro? Nem pensar. Pra mim, só eu, solidão, alto som, uma mesa? Não tem. Reserva pra quando. Pro futuro. …
Sou uma pessoa simples. Algum dia, talvez, por pouco tempo, eu tenha me iludido com o glamour, com as maquiagens, com as riquezas, com as poses. Hoje, não mais. Hoje sou essa aí. Na rede laranja. No meio do mato. Com meus cães no meio das pernas, com meus livros no meio das mãos, com …
As estradas não se cansam. De vir. De ir. De mim. Daqui. Parada. Olho as estradas e, quando menos percebo, já sou parte das suas caminhadas. Sigo suas curvas, plaino em suas restas. Sou um descanso, uma parada no meio de uma encruzilhada. Hesito. As estradas se abrem aos montes, são braços de um polvo …