Relação inexistencial

Vivíamos o amor na pressa das horas marcadas. Para tudo tinha dia, relógio, cronômetro. A agenda era a pauta de nossos sentimentos. Vivíamos nossos trabalhos e vezenquando trocávamos qualquer beijo, mãos, espanto. O afeto havia se tornado rotina. E a rotina era o gesto maquinal de nossos toques. Até o dia em que, sentados no …

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